Mosteiro de Lorvão e Igreja de Santa Cruz - Coimbra em 23 maio de 2025
Professoras Proponentes: Amélia Lopes (Palavra a Palavra) e Fernanda Ribeiro (Somos História)
Chegada a hora (07h00), toca a entrar no autocarro, o “pessoal” bem-disposto e cheio de energia, para desfrutar uma viagem de estudo, com sol risonho todo o dia.
Já começaram as fotos no interior do autocarro, umas mais artísticas, outras nem por isso.
Vamos viajar para o centro do país.
As paisagens de verde luxuriante são um encanto para os nossos olhos.
O Mosteiro do Lorvão, classificado como monumento nacional, fica meio escondido no vale do mesmo nome.
Durante as invasões francesas, o Duque Wellington pernoitou aqui com sua comitiva antes de seguirem para o Buçaco.
Foi um importante mosteiro e centro de produção de livros por monges copistas. O Livro do Apocalipse e o Livro das Aves foram exemplos disso. Excelentes iluminuras!!
Ainda foi um mosteiro feminino, mas com a extinção das ordens religiosas em Portugal, uma ala passou a hospital psiquiátrico e fechou em 2012.
Está previsto ser transformado em hotel.
Foi neste mosteiro, no seu scriptorium, em 1189, que foi criada a obra prima da arte portuguesa “Apocalipse do Lorvão” considerada pela UNESCO um dos mais belos documentos da civilização medieval ocidental. Uma valiosa raridade que marca a arte românica e a história da iluminura em Portugal.
O interior da igreja é muito bonito destacando -se o claustro muito harmonioso juntamente com o altar em talha dourada e as laterais com capelas do seculo XVII. Este espaço é uma beleza!!
O cadeiral em madeira preta de jacarandá ainda hoje é usado em festividades.
Também aqui as freiras deixaram a sabedoria de como fazer doces conventuais e que ainda
continuam bem apetitosos. Fomos provar alguns deles, entre muitos: bolo bispo, nevadas, pastéis de Lorvão, suplicas ...são uma tentação estas gulodices.
Deixámos este lugar e seguimos para o almoço, no Restaurante Observatório.
Depois de “barrigas aconchegadas”; e já sem fome, seguimos caminho para visitar, em Coimbra, a bela Igreja de Santa Cruz.
Este monumento foi fundado em 1131 por São Teotónio, que mais tarde foi declarado o primeiro Santo de Portugal e onde estão sepultados os dois primeiros reis de Portugal: D. Afonso Henriques e D. Sancho I.
Este local histórico não só oferece uma visão do passado de Portugal, como também permite apreciar a beleza arquitetónica que resistiu ao passar do tempo e poder contemplar o rio Mondego.
O edifício toldo ele é muito interessante, começando pela sua fachada, depois a igreja, o púlpito, os baixos relevos e vários quadros da sacristia, tudo isso é arte!
Foi aqui que Santo António se deu a conhecer ao mundo com toda a sua sapiência.
Este edifício possui um cadeiral de coro alto, magnífico, onde o topo das cadeiras são guarnecido com motivos manuelinos, o que as torna ainda mais imponentes, daqui tem-se uma visão total sobre a igreja em toda a sua plenitude.
A Sala dos Relicários, panteão nacional religioso, com mais de 6000 relíquias, sendo a principal a de S. Teotónio. Esta Sala é cheia de simbologia, onde a cúpula bastante aberta deixa entrar luz para se poder deslumbrar todos estes tesouros.
Passar pela Rua da Sofia significa comprar os doces, como as clarinhas ou pastéis de santa clara é qualquer coisa deliciosa...
Retornar às nossas casas, cheios de mais conhecimentos, alegria e contentamento é igualmente um momento de satisfação.
Durante a viagem, no autocarro, vamos ter um sorteio de rifas, em que o prémio será uma surpresa.
E já temos o contemplado (António Joaquim) que leva para casa um prato pintado à mão dentro dum taleigo (tudo feito pela Prof. Amelia).
Todos participaram e a viagem foi um sucesso!
Para este grupo de gente com prata nos cabelos e rios de conhecimento no rosto, viajar é bom e ajuda a trazer novas “energias” ...
Texto e fotos de Isabel Romão
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