Festa de Natal-CES-Unisseixal-CesViver

A Casa do Educador do Seixal e suas valências – Unisseixal e Cesviver – celebraram em conjunto nesta sexta-feira, dia 15/12, a Festa de Natal. Ambiente de festa, sala decorada, aparelhagem sonora em ordem, mesas e cadeiras distribuídas para as suas funções, um ar de alegria enchia o rosto dos muitos amigos que quiseram partilhar comidas e bebidas e, acima de tudo, partilhar a doce satisfação de vivermos em união, em amizade, convivendo uns com os outros para nos sentirmos pessoas e gostarmos de viver.
Para tudo resultar com normalidade, desde muito cedo um grupo de voluntários acorreu ao espaçoso Salão de Festas da Igreja Scalabrini para preparar o espaço. E a partir das 11h começaram a chegar os salgados, os doces, as bebidas, que depois eram distribuídos pelas mesas, de modo que, às 13h, tudo estava já arrumado que nem um mimo. À frente, junto ao palco, as cadeiras; atrás, as mesas recheadas dos muitos acepipes que todos quisemos partilhar. De lado, as bebidas e os pratos, copos e talheres e ainda um espaço para as comidas quentes, que simpáticas senhoras iriam distribuir aos convivas de acordo com os gostos de cada um.
À hora marcada, com os estômagos a tilintar, umas breves palavras de saudação e boas-vindas dos responsáveis e toca de tratar dos corpos!
Nestas ocasiões, a comer em pé, todos devíamos ter 4 braços, como aquelas estátuas chinesas do Buda Parque, para podermos sustentar prato, copo, garfo e pão (este é mais para os alentejanos!)... Mas lá nos fomos “desenrascando”!...
A deambular por ali, íamos convivendo uns com os outros, cumprimentando quem há muitos dias não víamos, falando das últimas quedas, dos braços partidos e dos narizes esfacelados, o que começa a ser próprio da nossa sénior idade.... Aproveitávamos para rechear mais o pratinho com novas iguarias e voltávamos a ir ao lugar dos vinhos à procura de mais um néctar dos deuses...
Fim da primeira parte...
A segunda parte da festa trouxe aos convivas um outro alimento – arte musical e dramática. Primeiro, um concurso de canções de Natal, a que se candidataram 8 concorrentes, individualmente ou em grupo de três artistas, o que muitos fizeram para juntar uns instrumentos. E para cumprir bem as regras, até se convocou um júri de quatro conhecidas individualidades para pontuar e escolher os melhores.
Embora com uns espirros da aparelhagem sonora, toda a assistência se manteve em união com os artistas que no palco evoluíam. No final, com a decisão unânime e democrática dos jurados, foi atribuído o 3.º lugar ao grupo Ana Campos e Lino Madruga, o 2.º lugar à Inocência, Natalino e António Luís, e o 1.º lugar (pois, pudera, a jogar com profissionais...) à conhecida e nossa querida aluna Lina Almeida. Os restantes concorrentes “ex-equo” ficaram em quarto lugar!
Pessoalmente, admirei o à-vontade de todos os concorrentes e a simpatia com que os presentes mimosearam cada um deles.
Veio depois o teatro, uma história de Natal de que não conhecemos o autor, mas que, nas mãos das conhecidas artistas Amélia Costa e Mariana Mareco, aquele sotaque e linguajar brasileiros trouxeram uma onda de novidade e graça que prendeu a todos. No palco, evoluíam todas as personagens, além da família de Belém, pois pudemos admirar o anjo a castigar o velho Zacarias por não acreditar que ia ser pai já velhinho (9 meses ficou mudo), Isabel a receber sua prima, Maria, os pastores e os reis magos a visitar o presépio e até o rei Herodes a reclamar poder e a pensar liquidar o menino que o ameaçava. Mas tudo condimentado por uma linguagem desbragada, sem ofender a história, que constituiu um real momento dramático a prender a audiência.
No final, o prof. Tomás Bento, Presidente da Casa do Educador, tinha razão para afirmar-se contente com mais esta festa, este convívio que a todos deixou agradados. E por detrás destes ajuntamentos de umas 300 pessoas, quanta generosidade, quanta doação, quanta entrega a favor dos outros e a enriquecer quem nelas se mete.
Foi difícil, no fim da festa, arrumar e limpar a sala que nos foi emprestada pela paróquia. Mas também se fez com a boa-vontade de muitos.
Valeu a pena! Viva o Natal! Boas festas a todos.

Texto do Prof.  António Henriques

Edição e Reportagem Fotográfica  Bárbara e Alberto Maia

Natal - Momentos de Convívio e Partilha