“Plantas Silvestres do Concelho de Almada”

Foi no dia 2 de Dezembro de 2017 que Manuel Lima apresentou o seu novo livro “Plantas Silvestres do Concelho de Almada,” que é, no dizer do autor, uma homenagem ao concelho onde nasceu.
Com o auditório da Biblioteca José Saramago, no Feijó, repleto de amigos, colegas, alunos da Unisseixal, com muita gente de pé, iniciou-se o evento. A apresentação de um livro por parte deste autor constitui sempre uma tarde mágica de cultura. Contagia-nos sempre a sua paixão pela pesquisa e investigação, a sua enorme capacidade de transmitir conhecimentos, a sua preocupação em gerir sempre o tempo da dissertação para nos enriquecer o mais possível. Tudo tem o cariz de uma dissertação própria de uma aula muito especial. Muito pouco formal ao apresentar livros: nada de pompa e circunstância, nada de mesa de honra. Muito pragmático, porque o que tem para dizer é muito mais importante do que os discursos de circunstância.
Eis um breve resumo do conteúdo deste livro: - Plantas Silvestres do concelho de Almada - 346 espécies botânicas. Contextualização do trabalho: Localização, Clima, Relevo, Hidrografia, Geologia, Solos - A grande Biodiversidade vegetal. Principais Comunidades vegetais: pinheiros bravos, acacias, matagais, matos, prados e pastagens - Espécies endémicas; A Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica.
Livro de 366 páginas com imensas fotos, uma para cada planta pesquisada. Fotos extraordinárias, pois o autor também é um expert em fotografia.
Queria registar um comentário feito no facebook por uma sua aluna: ”Obrigada, professor, por ser um benfeitor da Natureza e contribuir para a sua preservação, e da humanidade por publicar um livro de 366 páginas por um preço excessivamente barato e todos sabemos que os livros de Manuel Lima se esgotam rapidamente”.
Ao que o professor respondeu: Obrigado, aluna X, por ter noção e reconhecimento do meu trabalho.
Para terminar, queria dizer que é um orgulho para o Alentejo, este sábio de raízes alentejanas, cujo pai era uma pessoa humilde, natural de Évora, mas de grande intuição pedagógica, pois levava o seu menino para o campo a procurar erva para os coelhos e ensinava-lhe os nomes distinguindo as boas ervas das ditas ”venenosas“ para o s coelhos. Não estará aí a verdadeira génese do botânico que agora nos encanta com a sua obra?!

Maria Vitória Afonso